sábado, 19 de dezembro de 2009

Estudo maluco aponta que carnes e laticínios causam 51% do gás-estufa global

Consultores do Banco Mundial relataram em periódico deste bimestre que substituir derivados animais na alimentação, como carnes e laticínios, por análogos vegetais, daria resultados mais rápidos contra o aquecimento global do que ações que trocam combustíveis fósseis por energia renovável. Segundo estudo divulgado pela organização de pesquisa ambiental World Watch Institute, de Washington, a pecuária seria responsável por pelo menos 51% das emissões dos gases-estufa no mundo, ou 32,5 bilhões de toneladas. Esse estudo é absolutamente débil mental. Praticamente sugere que a humanidade liquide com todos os rebanos bovinos e ovinos. É de uma estupidez tumular. Poderia também sugerir que fosse reduzido à metade o número de oito bilhões de pessoas no planeta, o que reduziria à metade também as emissões de carbono. Os ambientalistas parecem ter perdido o rumo. A humanidade só é humanidade, o homem só é o homem na conformação atual, porque há milênios, ao dominar o fogo, passou a comer a carne assada. E assim passou a ingerir proteínas, o que mudou a sua projeção de vida. Os autores do estudo, Robert Goodland e Jeff Anhang, respectivamente consultor-chefe aposentado e especialista, ambos da área ambiental do Banco Mundial (por aí se vê como essas organizações mundiais costumam se auxiliar em consultorias), avaliam que o percentual de 18% normalmente divulgado para medir o impacto da pecuária no aquecimento global está "extremamente subestimado". Mesmo a pesquisa anterior que estimava os 18%, da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), já dizia que a pecuária possui mais impacto no clima do que o setor dos transportes. A ecóloga Magda Lima, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), responsável por relatórios sobre a agropecuária no Brasil, acredita que os valores são superestimados. Ela também reclama que "os estudos precisam levar mais em conta as emissões históricas", diz ela. Já o biólogo Sérgio Greif acha razoável o estudo, e até mesmo afirma já ter visto estudos que apontavam percentuais maiores no mundo. Quem sabe esses "consultores ambientais" não mandam as pessoas comerem pedrinhas?

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