quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Exame do Cremesp reprova 56% de estudantes de medicina

Pelo terceiro ano consecutivo, a maioria dos estudantes que vão se formar em medicina no Estado de São Paulo foram reprovados no exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). Neste ano, de 621 estudantes que prestaram o exame, 56% foram reprovados. Para o conselho, o índice comprova a precariedade do ensino de medicina no Estado. Atualmente, 31 instituições formam cerca 2.600 médicos todos os anos em São Paulo. Além de não ser obrigatório, o conselho afirma que muitas faculdades e estudantes boicotam o exame, realizado há cinco anos. Mesmo assim, o Cremesp considera o número de participantes significativo, já que representa 25% dos alunos que cursam o último ano do curso. Entre os conhecimentos avaliados em nove áreas da medicina, o pior desempenho dos estudantes ocorreu em clínica médica, que reúne os conhecimentos básicos do atendimento aos pacientes. "Lamentavelmente essa prova mostra que naquilo que as escolas deveriam melhor treinar o indíviduo que vai ser um médico, um especialista, nós temos resultados piores. Geralmente na clínica médica, nas áreas relacionadas à emergência, as portas de entrada para um médico recém-formado no País", afirma Bráulio Luna Filho, coordenador do exame. Para Luna Filho, a má formação dos médicos é um problema que pode ser sentido também no aumento do número de denúncias de erro médico recebidas pelo conselho. Segundo o coordenador, em 1993 foram recebidas cerca de 1.400 denúncias, número que aumentou para 4.500 neste ano.

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