sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Frente pró-Zelaya desiste de restituição e anuncia luta por constituinte

Um dia depois que o Congresso de Honduras rejeitou o retorno do presidente deposto ao poder, a Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado deu por encerrada, na quinta-feira, a luta pela restituição ao poder do golpísta Manuel Zelaya, afirmando que vai continuar a lutar por uma Assembleia Nacional Constituinte. O movimento, que desde a deposição de Zelaya, em 28 de junho, manteve uma minúscula e ineficaz mobilização popular, reuniu-se na quinta-feira em uma assembléia. Nela, decidiu não marchar por Tegucigalpa, como vinha fazendo com frequência, e convocou uma nova reunião para o fim de semana, quando vai definir a estratégia que seguirá a partir de agora. "Fechamos o capítulo da restituição do presidente Zelaya, que não aconteceu", disse Juan Barahona, coordenador da Frente Nacional, depois que o Congresso, por ampla maioria, decidiu manter o presidente deposto fora do cargo. Barahona admitiu que, embora esperada, a decisão do Congresso foi uma decepção para o movimento. Ele explicou ainda que não houve passeata nas ruas porque o movimento já havia pressentido que "um resultado negativo no Congresso ia desanimar o povo". Ou seja, os golpistas hondurenhos admitiram amplamente a sua derrota. Para o ativista, "resta muito pouco a fazer", já que "faltam apenas dois meses" para o fim do mandato de Zelaya, que termina em 27 de janeiro. Depois desta data, quem assumirá a Presidência é Porfirio Lobo, do opositor Partido Nacional e vencedor das eleições do último domingo. "Agora a luta é pela Constituinte" e pela chegada da Frente Nacional ao poder, explicou Barahona.

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