terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Funcionários do Tribunal de Contas gaúcho pedem que Assembléia gaúcha não vote indicação do deputado Marco Peixoto

Os dirigentes do Centro dos Auditores Externos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul pediram nesta segunda-feira que a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul não vote a indicação do deputado estadual Marco Peixoto (PP) para ocupar a vaga aberta de conselheiro na Corte, com o pedido de aposentadoria do ex-presidente, João Luiz Vargas, réu em processo da Operação Rodin, que investigou fraudes de mais 44 milhões de reais no Detran RS. Os funcionários entregaram um pedido ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan (PT), solicitando o cancelamento da votação, programada para acontecer nesta terça-feira. Estes funcionários, os mais bem pagos da administração pública gaúcha, acham que o deputado estadual Marco Peixoto não preenche os requisitos necessários para ocupar a vaga. Conforme o diretor do Centro dos Auditores Externos do Tribunal de Contas do Estado, Roberto Sanchottene, os servidores indicam o nome do professor de direito constitucional Eduardo Carrion para a vaga deixada por João Luiz Vargas em razão de sua aposentadoria apressada. Sanchottene disse, ainda, que os servidores querem que Carrion também passe por sabatina, já que Marco Peixoto passou pela arguição da Assembléia. O editor de Videversus também considera que o deputado estadual Marco Peixoto não reúne as condições para ser conselheiro do Tribunal de Contas. Mas, acha, igualmente, que os auditores externos do Tribunal de Contas gaúcho não têm moral para atacar o deputado estadual Marco Peixoto, principalmente com insinuações de seu envolvimento na Operação Rodin, porque nada ficou provado contra ele até agora. Principalmente não têm moral porque foram estes mesmos auditores externos que se recusaram a investigar fraude com desvios de mais de 55 milhões de reais durante os sucessivos governos da dinastia do PT na prefeitura de Porto Alegre, que durou 16 anos. Esses auditores externos se sublevaram e se recusaram, por escrito, a realizar a auditoria extraordinária determinada pelo então presidente da Corte, Hélio Saul Mileski, em 1991, nas contas de 12 anos das administrações petistas no gerenciamento dos serviços de lixo na capital gaúcha. No Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) imperou, durante 13 dos 16 anos da dinastia petista, um mesmo diretor geral, o petista Darci Barnech Campani, que foi finalmente condenado a repor 1 milhão de reais aos cofres do DMLU. Foi o que os auditores externos do Tribunal de Contas não conseguiram deixar passar. Na mesma época em que foi apresentada a denúncia, reinava na prefeitura de Porto Alegre o peremptório petista Tarso Genro, aquele que disse que nunca renunciaria, e renunciou, tendo sido sucedido, no restante do mandato, pelo também petista João Acir Verle, auditor externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (aposentado).

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