quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Maioria no Congresso de Honduras deve barrar volta do golpista Zelaya

A bancada do Partido Nacional, que domina o Congresso de Honduras, é contra a restituição de Manuel Zelaya, anunciou o líder do grupo conservador, Rodolfo Irías Navas, durante o debate legislativo para decidir o futuro do presidente deposto do poder. "Nos manifestamos a favor da ratificação do decreto 149, aprovado em 28 de junho pelo Congresso, e que destituiu e expulsou Zelaya do país", afirmou Navas. Com 55 deputados, a bancada do Partido Nacional é fundamental na decisão sobre a restituição ou não de Zelaya, que está refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde 21 de setembro passado, quando voltou em segredo a Honduras. Para ser restituído, o golpista Zelaya precisa dos votos de 65 dos 128 deputados do Congresso Nacional. Com posição "unânime" da bancada, Navas destacou que "o povo hondurenho enviou uma mensagem a todos os políticos" nas eleições gerais de domingo contra a volta de Zelaya. O candidato do Partido Nacional à Presidência, Porfirio Lobo, venceu as eleições hondurenhas, derrotando Elvin Santos, do Partido Liberal (direita), a mesma formação de Zelaya e do presidente interino, Roberto Micheletti. No parecer enviado ao Congresso no final de novembro, a Suprema Corte de Honduras considerou o golpista Zelaya culpado de "seis crimes", entre eles traição à pátria, desobediência à Justiça e abuso de autoridade. Zelaya foi derrubado por violar o artigo 239 da Constituição, que rejeita a reeleição presidencial e prevê que quem apoiar a medida, "direta ou indiretamente, será demitido de imediato de seu cargo, sendo inabilitado para a função pública pelo prazo de dez anos". O Partido Unificação Democrática de Honduras (de esquerda) reiterou o apoio à volta do golpista Zelaya.

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