terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Polícia do Rio de Janeiro vai ocupar 30% das favelas até 2010

Com a ocupação iniciada nesta segunda-feira das comunidades de Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Copacabana, dominadas por traficantes de drogas, a Polícia Militar do Rio de Janeiro pretende chegar até o fim de 2010 oferecendo segurança comunitária a 30% da população moradora de favelas. Com isso, cerca de 300 mil pessoas estarão morando em áreas protegidas pelas UPPs (Unidades Policiais Pacificadoras). O cálculo é do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Ele disse ainda que mais duas comunidades receberão, ainda este ano, unidades da Polícia Pacificadora. "Essa proposta não vai parar. É um aceno concreto de que nos preparamos para fazer isso e vamos continuar fazendo. E teremos um grande número de pessoas beneficiadas até o final do próximo ano. Pretendemos chegar a 30% das comunidades, que sofrem hoje a lógica do território imposto pelo fuzil, livre dessa arma, livre do comando desses marginais", disse Beltrame. Só para as UPPs serão designados 3.300 policiais militares. Eles serão escolhidos, preferencialmente, entre os novos recrutas e receberão um complemento salarial de, no mínimo, R$ 500,00 pagos pela prefeitura carioca por meio de convênio. Na UPP do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo serão destacados 250 militares. A estratégia de ocupação permanentemente das comunidades dominadas pelo crime organizado, em vez de apenas realizar operações pontuais, é parte da política de integração das favelas, onde moram cerca de um milhão de pessoas, com a oferta de infraestrutura de saneamento básico, iluminação, abertura de ruas e de construção de moradias.

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