quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Presidente do PT admite que mensalão do DEM pode vir à tona na campanha

O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, admitiu nesta terça-feira, pouco antes de entrar na festa de comemoração dos 30 anos de fundação do partido, que dependendo da postura da oposição nas eleições, o mensalão do DEM pode vir à tona na campanha. Para a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, que é candidata do PT à sucessão do presidente Lula, o escândalo no Distrito Federal terá conseqüências eleitorais para o Democratas. Questionado se o mensalão do DEM poderia ser tema da campanha do PT no próximo ano, Dutra usou uma analogia para indicar a possibilidade. “Olha, nós queremos debater projeto, prática política, e apresentar ao povo brasileiro o futuro que ele vai escolher. Mas, naturalmente na campanha eleitoral, muitas vezes, os partidos dançam conforme a música que é tocada, e se for tocada valsa a gente dança valsa, mas se for tocar heavy metal também dançamos”, disse ele. A petista Dilma Rousseff tomou cuidado ao tratar do mensalão do DEM, mas disse que as imagens do escândalo prejudicarão o partido de oposição nas eleições do próximo ano: “Eu olho essa questão com muita cautela, mas acredito que compromete o DEM. Não tenho como dizer que não compromete o DEM”. Questionada se a oposição como um todo saia desgastada, ela disse que não comentaria: “Não tenho como dizer isso”. Dutra disse ainda que o PT defende que o Congresso aprove a realização de um plebiscito para convocar uma assembléia constituinte para votar especificamente um projeto de reforma política. Segundo ele, fica mais fácil mudar as regras com parlamentares que não estejam comprometidos com sua própria eleição. “A nossa posição tirada em congresso é uma constituinte exclusiva para tratar da questão da reforma política, porque se você estabelece que vai eleger deputados constituintes para votar especificamente a reforma política, e que não vão ter mandato de quatro anos, é mais fácil de debater esse tema”, disse ele.

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