quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Temer pede à Justiça cópia de documento que mostra seu nome em suposta lista de construtora

O presidente da Câmara, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), disse nesta quarta-feira que vai solicitar à Justiça cópia do documento que mostraria o seu nome ao lado de uma doação de R$ 410 mil da construtora Camargo Corrêa durante a campanha eleitoral de 1998. A denúncia foi publicada nesta quarta-feira pelo portal iG com base em planilha encontrada pela Polícia Federal durante a Operação Castelo de Areia, que apura supostos crimes cometidos por diretores da Camargo Correa e doações feitas a partidos, na casa de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da construtora. Temer disse que pode responsabilizar judicialmente os responsáveis por produzir o material, assim como aqueles que o reproduziram. "Amanhã estarei entrando com petição perante o juízo desse inquérito. Eu quero os documentos referentes ao meu nome para responsabilizar aqueles que ou produziram ou o divulgaram. Daqui a pouco vou fazer listas com nomes datilografados e vou espalhar para o País", ironizou. Temer voltou a classificar as denúncias de "infâmia" e negou ter recebido dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral da Camargo Corrêa. "Não há nexo causal entre a eventual colaboração e as obras da Camargo Correa. O que recebi foi oficialmente, nessa última campanha, nada mais do que isso. Quero dizer em letras garrafais: trata-se de uma infâmia, de uma coisa vil, de gente vil que usa o nome das pessoas para chamuscar o seu prestígio". Segundo a reportagem do iG, a planilha de 54 folhas foi apreendida pela equipe da delegada federal Karina Murakami Souza na manhã do dia 25 de março, quando foi desencadeada a operação Castelo de Areia, que investiga a empreiteira pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, além de um suposto esquema de caixa dois para financiar partidos políticos. O deputado disse que nunca teve relações com a Camargo Corrêa. O papel em poder da Polícia Federal, segundo Temer, está com a grafia incorreta do seu nome, o que mostra que não tinha proximidade com a construtora. "Um papel apócrifo, uma simples folha datilografada que coloca nomes das mais variadas pessoas. A única contribuição que recebi é uma oficial, nesta última campanha, de R$ 50 mil. Eles tanto me conhecem que, no papel, tem o meu nome errado, para vocês terem ideia de como eu conheço a gente da Camargo Correia", afirmou. Temer

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