domingo, 31 de janeiro de 2010

Chefe do MST preso em Santa Catarina não descarta invasão de área pública em Imbituba

O coordenador estadual da organização terrorista clandestina MST em Santa Catarina, Altair Lavratti, preso na quinta-feira à noite, disse que não está descartada a invasão por integrantes do grupo de uma área de 200 hectares da Zona de Processamento e Exportações (ZPE) em Imbituba. Lavratti e outras duas pessoas foram presos preventivamente, acusados de planejarem invasões em áreas públicas na região. Uma quarta pessoa continua foragida. Lavratti foi preso durante uma reunião, com outros chefetes da organização terrorista clandestina, em uma usina de reciclagem de lixo da cidade por volta das 21 horas. Conforme a apuração da Polícia Militar de Santa Catarina e do Ministério Público, os suspeitos estavam planejando invadir a ZPE neste domingo. As zonas foram implementadas para facilitar a instalação de empresas e impulsionar as exportações, mas poucos investidores foram atraídos. A maior parte do terreno, nas imediações do Porto de Imbituba, continua inutilizada. As prisões preventivas dos três suspeitos e de um quarto, que continua foragido, foram determinadas pela Justiça. A investigação, iniciada em 2009, contou com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Policiais à paisana também monitoraram os suspeitos em reuniões. Segundo a PM, cada líder comunitário que angariasse 10 famílias para participar da invasão da ZPE receberia R$ 2 mil de prêmio. O MST ainda ofereceu infraestrutura como água e luz, além de cestas básicas às famílias que participassem da ação. Em um dos diálogos gravados, um dos interlocutores pede aos membros do MST para irem armados com facas, facões e foices para o caso de a polícia tentar frustrar a invasão. O comandante da Polícia Militar em Imbituba, major José Evaldo Hoffmann Júnior, foi avisado de que um integrante do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) havia recebido ligação telefônica de membros do MST de Criciúma. Os integrantes da organização terrorista pediam o cadastramento de famílias para invasão de área de terra nas proximidades da Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Imbituba, localizada nas margens da BR-101 e próximo à entrada da cidade. Um dos suspeitos foi no dia 3 à casa do integrante do Conseg acertar os detalhes. O comandante da PM repassou o caso para a equipe do setor de Inteligência da Polícia Militar catarinense. A informação é que o MST garantiria água, energia elétrica em barracos que seriam construídos e cesta básica mensal às famílias que participassem da invasão. A Polícia Militar instruiu o integrante do Conseg para continuar mantendo contatos com o MST. O major encaminhou para o Ministério Público o pedido de interceptação telefônica do celular do suspeito. A promotora Nádea Clarice Bissoli formalizou o pedido à Justiça nos dias seguintes. No dia 11 de dezembro de 2009, O juiz Fernando Seara Hickel, de Imbituba, autorizou a interceptação telefônica e determinou o envio das informações captadas pelos PMs de Imbituba à força-tarefa do Ministério Público. Para o juiz havia há fortes elementos que os atos praticados por um investigado indicavam cometimento de crimes como o de formação de quadrilha. A investigação apontoiu que o integrante do MST é ligado ao Sindicato do Mineiros de Criciúma. No dia 7 de dezembro de 2009, às 19h42min, o suspeito conversou ao telefone com uma mulher e disse que estava em um evento em Chapecó, Oeste de Santa Catarina, com mais de 600 pessoas, e que na noite anterior haviam feito uma encenação de como invadir terras. No dia 20 de dezembro de 2009, às 19 horas, o suspeito ligou para o integrante do Conseg de Imbituba e avisou que a data da invasão na cidade havia sido mudada para janeiro de 2010. Ele perguntou pelo recrutamento das famílias em Imbituba. A investigação apura que a invasão contaria com 800 pessoas de Criciúma e outras 200 de Imbituba. No dia 13 de janeiro último, às 9h18min, em conversa com homem não identificado, o suspeito comentou sobre a possibilidade de trazer integrantes do MST do Paraná a Santa Catarina. Uma reunião foi marcada em Imbituba. PMs à paisana se infilitraram e identificaram mais dois integrantes do MST, um deles Altair Lavratti, da coordenação estadual do MST em Santa Catarina.

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