domingo, 17 de janeiro de 2010

Cruz Vermelha informa que 70% dos prédios de Porto Príncipe foram destruídos

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou na sexta-feira que cerca de 70% dos edifícios de Porto Príncipe foram destruídos no terremoto que abalou o Haiti na última terça-feira. Em um comunicado divulgado em Genebra, a organização afirmou que pelo menos 15 áreas da capital haitiana foram muito atingidas pelo sismo e pelos tremores menores, que continuam a afetar a região e aumentam ainda mais a ansiedade no país. O Comitê da Cruz Vermelha inspecionou também várias prisões da capital, locais onde seus representantes visitavam os detentos regularmente para monitorar as condições de vida e tratamento antes do terremoto. De acordo com a organização, o presídio central da capital foi completamente destruído no tremor, o que significa que até 4 mil prisioneiros escaparam. A avaliação da Cruz Vermelha sobre os hospitais públicos e privados da capital mostrou que a maioria deles está operando no limite, sem o número necessário de médicos e enfermeiros para lidar com o número crescente de feridos. A Cruz Vermelha também apurou que a maioria dos hospitais também está lotada e não poderia mais aceitar novos pacientes. O comunicado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirma ainda que os hospitais haitianos também foram atingidos pelo problema da falta de água. Autoridades locais relataram que muitas estações de bombeamento e outras estruturas para o abastecimento não estão funcionando devido à falta de funcionários e do combustível necessário para que os geradores funcionem, já que não há fornecimento regular de energia. Além disso, parte da tubulação que leva a água aos hospitais também pode ter sido danificada no tremor. Cerca de 300 mil pessoas ficaram desabrigadas devido ao terremoto, segundo informações da ONU. A organização afirma que uma em cada dez casas da capital, Porto Príncipe, foi destruída pelo terremoto de magnitude 7.

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