sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ex-presidente do Banco Central argentino vai questionar demissão na Justiça

O presidente demitido do Banco Central argentino, Martín Redrado, retirado do cargo por decreto após uma polêmica com a presidente peronista populista Cristina Kirchner, anunciou que vai questionar na Justiça a decisão. Cristina Kirchner demitiu Redrado após criticá-lo pelo atraso na cessão de recursos do Banco Central para a criação de um fundo de US$ 6,5 bilhões para saldar dívidas públicas. O Fundo Bicentenário foi criado pela presidente também por decreto em dezembro, mas Redrado se opôs ao projeto. O economista, que ocupava a presidência do Banco Central desde 2004, deve questionar a autoridade da presidente para demiti-lo, já que o cargo de presidente da instituição tem autonomia garantida por lei desde 1994. Para a demissão do presidente do Banco Central antes do fim do mandato previsto (setembro de 2010) seria necessária a aprovação do Congresso. "Estive reunido com meus advogados, consultei prestigiosos constitucionalistas e decidi levar tudo isso à Justiça", disse Martin Redrado: "Não renunciei e não renunciarei ao cargo".

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