sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Irã executa dois opositores e condena mais 11 à pena de morte por protestos da oposição

A Corte Revolucionária de Teerã condenou à pena de morte 11 pessoas pela participação nos protestos da oposição reformista que se seguiram à fraudada eleição do ditador fascista islâmico Mahmoud Ahmadinejad. Dois dos condenados foram enforcados, segundo a imprensa estatal, e os outros nove aguardam sentença do Tribunal de Apelação. Conforme a corte islâmica, um arremedo fascista de tribunal, os réus foram condenados por serem "moharebeh" (inimigos de Deus), tentar derrubar o governo islâmico e fazer parte de grupos armados e antirrevolucionários. Os protestos da oposição, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos. Em 27 de dezembro, durante protestos na ocasião da festividade de "Ashura", ao menos oito pessoas foram mortas em um dos piores episódios de repressão desde então. O governo fascista islâmico iraniano, reencarnação do regime totalitário de Hitler na Alemanha, nega que suas forças de segurança mataram os manifestantes na "Ashura" e tem a desfaçater de acusar os reformistas pela violência. Mohamad Reza Ali Zamani e Arash Rahmanipour foram enforcados no início da manhã de quinta-feira em uma prisão da capital Teerã. Ambos foram acusados de pertencer aos grupos de oposição Mujahedin Khalq e Assembléia do Reino do Povo, que o governo fascista islâmico considera "terrorista". A advogada de Rahmanipour, Nasrin Sotudeh, disse que ele foi detido dois meses antes dos protestos de junho. Ele teria sido obrigado a confessar sua participação diante de ameaças das autoridades contra sua família. A advogada disse ainda estar chocada com a sua execução, já que nem ela, nem a família do condenado, receberam anúncio formal. "Uma execução nesta velocidade e pressa tem apenas uma explicação. O governo está tentando prevenir a expansão do atual movimento de oposição espalhando medo e a intimidação", disse Sotoudeh. Enquanto isso, o governo Lula, que chamou as manifestações de protestos dos iranianos de "marolinhas" da oposição por haver perdido as eleições, fica absolutamente quieto face a essas monstruosas execuções de cidadãos iranianos.

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