quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Itália colocará scanners corporais em aeroportos em três meses

O governo italiano introduzirá de modo experimental o scanner corporal nos aeroportos de Malpensa (Milão), Fiumicino (Roma) e Marco Polo (Veneza), em um prazo máximo de três meses. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo ministro do Interior, Roberto Maroni, ao final de uma reunião com o presidente da instituição italiano de aviação civil, Vito Reggio, e com o ministro de Infraestrutura, Altero Matteoli. O uso de scanners corporais provoca polêmica na União Européia (UE) desde 2008, quando o bloco suspendeu o uso desses equipamentos por questionamentos quanto ao impacto que eles teriam sobre a privacidade e a saúde dos viajantes. Desde o último dia 25, dia de Natal, porém, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, tentou explodir um avião rumo à cidade norte-americana de Detroit, com cerca de 300 pessoas a bordo, vários países começaram a anunciar o uso dos scanners. O problema é que os scanners corporais são acusados de violar a privacidade dos viajantes, por produzir imagens nítidas, em três dimensões, de seus corpos nus, expondo-os tanto aos operadores da máquina quanto a quem mais passar pelo monitor. Nesta quinta-feira, ao anunciar a decisão do governo italiano, o ministro Maroni afirmou que o "direito à vida é uma prioridade frente a qualquer outra questão". "O direito de não ser explodido em um avião é mais importante que o da privacidade", afirmou o chanceler italiano, Franco Frattini.

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