sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Lula apela para evitar execução de brasileiro na Indonésia

O presidente Lula fez um apelo na última quarta-feira ao governo da Indonésia a fim de evitar a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 48 anos, condenado à pena de morte no país asiático. Em carta, Lula pediu "generosidade" ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e disse que a morte do brasileiro afetaria a relação entre os dois países. Lula classifcou o de "especialmente urgente". A carta, que exalta a boa relação entre Brasil e Indonésia, foi enviada após Marco pedir nova intervenção de Lula. É a última chance de Marco escapar da execução, ele quer a conversão da pena para prisão perpétua ou para 20 anos. Pelas leis locais, o condenado tem direito a dois pedidos de clemência. O presidente da Indonésia já negou o primeiro em 2006 e ainda não se pronunciou sobre o segundo. Na Justiça, não cabe mais recurso. Yudhoyono foi reeleito em 2009 com posição favorável à pena de morte. A punição é apoiada pela maior parte dos políticos e pela população local. O brasileiro foi preso em 2003 ao tentar entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína escondidos em sua asa delta. A condenação de morte ocorreu no ano seguinte. Instrutor de vôo livre, nascido no Rio de Janeiro, Marco está no presídio de Pasir Putih (a 400 quilômetros da capital Jacarta), em uma cela com mais cinco pessoas. Ele dorme em uma rede. Em Pasir Putih também está Rodrigo Gularte, de 37 anos, condenado à morte em 2004 igualmente por tráfico de drogas. A execução na Indonésia é feita por 12 soldados com rifles; apenas duas armas são carregadas, sem que os atiradores saibam quais. Cada soldado atira no peito do condenado, uma vez. Se ele sobreviver, leva um tiro na cabeça, à queima-roupa. Lula pede clemência para um traficante de drogas brasileiro, o que Videversus concorda que deveria fazer (Videversus é radicalmente contrário à pena de morte), mas nada protesta quando o governo fascista islâmico executa dois opositores, em um crime contra a humanidade.

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