terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Maioria dos sobreviventes do Holocausto têm estresse pós-traumático

Dois terços dos 220 mil sobreviventes do Holocausto que atualmente residem em Israel sofrem de estresse pós-traumático, segundo estudo divulgado nesta terça-feira por uma organização de Tel Aviv que atua para cobrir as necessidades dessas pessoas. A pesquisa, realizada pela Fundação para o Benefício das Vítimas do Holocausto em Israel, revela, além disso, que 88% deles sofrem pelo menos uma doença crônica. A fundação, cuja direção é integralmente formada por sobreviventes do genocídio nazista, calcula que o número de testemunhas vivas do massacre será de 156,1 mil em 2014 e de 47 mil em 2025. Embora esse número diminua, o envelhecimento deste grupo "significa que suas necessidades aumentarão, algo para o que é preciso preparar-se", aponta a pesquisa. "O estudo revela dados preocupantes que indicam que muitos sobreviventes do Holocausto residentes em Israel têm uma necessidade crescente de apoio substancial e assistência para enfrentar com dignidade seus últimos anos", aponta seu presidente, Ze'ev Factor, que escapou vivo do campo de concentração nazista de Auschwitz. A fundação atende anualmente cerca de 55 mil sobreviventes e é financiada pelo governo israelense e por um órgão que administra as reparações mundiais aos judeus pela Shoah (Holocausto). A metade deles tem depressão e 80% sofrem distúrbio do sono.

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