domingo, 17 de janeiro de 2010

Material encontrado pela Polícia Federal durante operação reforça versão de ex-secretário de Arruda

Papéis encontrados pela Polícia Federal na casa e gabinete de Domingos Lamoglia, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Distrito Federal, reforçaram denúncias do ex-secretário das Relações Institucionais do Distrito Federal, o delator Durval Barbosa, e complicaram a situação do governador José Roberto Arruda. Até outubro passado, Lamoglia era um dos mais próximos assessores de Arruda, com o cargo de chefe de gabinete e o privilégio de ter acesso ao escritório da residência oficial do governador. Durante a operação de busca e apreensão, feita pela Polícia Federal em 27 de novembro, foram apreendidos um livro-caixa, agendas e papéis com nomes e iniciais de políticos relacionados a números. Para a Polícia Federal, esses números se referem a valores da propina. Em uma agenda de 2009, na data de 24 de agosto, os registros de possíveis pagamentos foram separados em dois grupos: pessoal e política. Entre os pessoais, aparece a anotação "Severo=450". Para a Polícia Federal, esta é uma referência a Severo de Araújo Dias, dono do haras Sparta. A polícia acredita que ele é um laranja de Arruda, verdadeiro proprietário do haras. Em um depoimento, em dezembro, Durval Barbosa afirmou que o haras foi comprado pelo governador como um presente para sua mulher, Flávia Arruda.

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