sábado, 23 de janeiro de 2010

Obra da Camargo Corrêa está sendo investigada no Pará

Três dos seis hospitais construídos pelo consórcio liderado pela Camargo Corrêa no Pará ainda não estão funcionando. As obras são alvo de uma investigação do Ministério Público Federal em São Paulo. O governo da petista Ana Júlia Carepa espera ainda neste ano colocar em funcionamento os hospitais das cidades de Breves, na Ilha do Marajó, e de Tailândia, no nordeste do Estado. As instalações dos dois hospitais estão 95% prontas, mas faltam médicos e equipamentos para que possam funcionar. Há um terceiro hospital, que deveria cuidar de crianças com câncer em Belém, que mal saiu do papel. Pensado para ser uma espécie de anexo do Hospital Ophir Loyola, principal centro oncológico da capital paraense, dele só foi feita a fundação. Mesmo um dos que foram terminados, o de Santarém, na região do Baixo Amazonas, não funciona como deveria, segundo o Sindicato dos Médicos do Pará: "Há seríssimos problemas", disse Wilson Machado, um dos diretores do sindicato. Ele afirmou que o hospital deveria oferecer serviços como hemodinâmica e cirurgia infantil, mas não o faz. Criado para ser um centro de ponta, ele acaba tendo de tratar de casos mais simples também, devido à falta de atendimento básico nos municípios da área: "A concepção foi desvirtuada". Os hospitais entraram no foco da Operação Castelo de Areia, que investiga crimes financeiros da Camargo Corrêa, depois que, segundo o Ministério Público, foram descobertos documentos comprovando o pagamento de propina ao PT e ao PMDB do Pará, aliados no governo petista do Estado.

Nenhum comentário: