quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Petrobras e Odebrecht anunciam compra da Quattor Petroquímica

A Petrobras e o grupo Odebrecht anunciaram a compra dos ativos da Quattor Petroquímica, empresa até agora controlada pela família Geyer. Os ativos da Quattor serão incorporados na Braskem. O anúncio encerra uma negociação iniciada em agosto do ano passado e conclui o plano do governo Lula de criar uma superpetroquímica nacional. Com a operação, a Braskem se consolida como a maior empresa petroquímica da América Latina e passa a ser a 11ª produtora de petroquímicos no mundo, segundo a Consultoria MaxiQuim. O acordo prevê uma capitalização entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões na nova empresa, tanto por parte da Petrobras quanto da Braskem. As duas centrais petroquímicas da Quattor (PQU, em São Paulo, e RioPol, no Rio de Janeiro)serão assumidas pela Braskem, que passará a controlar as quatro centrais de processamento de nafta e gás natural existentes no País (incluídas Camaçari, na Bahia, e Triunfo, no Rio Grande do Sul). Ou seja, o governo petista de Lula está monopolizando setores da economia brasileira. Chamada provisoriamente de Nova Braskem, a empresa será controlada pela Odebrecht, mas terá ampla participação da Petrobras, que deve deter em torno de 49% do capital votante. A Quattor como empresa vale hoje cerca de R$ 7 bilhões, mas possui uma dívida total de R$ 6,5 bilhões. O acordo prevê a assunção da dívida pelo grupo Odebrecht e a Petrobras. Dos cerca de R$ 500 milhões como valor de mercado do controle (excluídas as dívidas), a família Geyer detém 56% do capital, o que representa R$ 280 milhões, o valor aproximado do controle.

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