sábado, 23 de janeiro de 2010

Presidente da Funai acusa governo de Roraima de ser "anti-indígena"

O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, comentando as liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal, que suspenderam parcialmente a demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul e em Roraima,disse que o governo de Roraima é "anti-indígena": "Nós sabemos que o governo de Roraima é anti-indígena. Isso foi demonstrado pelo caso da Raposa/Serra do Sol e, como eles perderam nesse caso, estão querendo ver se conseguem uma rebarba nessa nova terra indígena". A liminar concedida pelo presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, suspendeu parcialmente a demarcação da terra indígena Anaro, em Roraima, retirando a fazenda Topografia da área de posse dos índios. No dia 29 de dezembro, o presidente do Supremo havia suspendido parte da demarcação da terra indígena Arroio-Korá, em Mato Grosso. Em nota, o governo de Roraima afirma que é "estranho" o comportamento da Funai e que "a via democrática de discussão de litígios é do Poder Judiciário". O texto assinado pelo secretário estadual de Comunicação acrescenta que "o governo do Estado, e não a Funai, é que leva estradas, energia elétrica, educação, saúde e desenvolvimento às comunidades indígenas". "Portanto, anti-indigenista é quem tem a responsabilidade legal de cuidar dos índios e os abandona à própria sorte", diz a nota.

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