domingo, 31 de janeiro de 2010

Presidente do Banco Central argentino renuncia ao cargo, e Cristina Kirchner rejeita a renúncia

O presidente afastado do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, renunciou na sexta-feira ao cargo, em meio a uma crise institucional que o opôs ao governo da presidente Cristina Kirchner. A decisão foi anunciada horas depois que uma comissão do Congresso anunciou que se pronunciaria na terça-feira sobre a remoção de Redrado da presidência do Banco Central decretada pela presidente populista peronista Cristina Kirchner, depois que ele se negou a transferir US$ 6,569 bilhões das reservas do país para formar um fundo destinado a pagar parte da dívida argentina em 2010. A demissão, em 7 de janeiro, causou uma crise no país, depois que a Justiça a reverteu, alegando que o Banco Central é autônomo. Outra decisão judicial colocou a decisão nas mãos no Congresso e deixou Redrado afastado, enquanto o banco é conduzido formalmente por seu vice-presidente, Miguel Pesce. No domingo, a polícia impediu Redrado de entrar em seu gabinete, e a Justiça mantém bloqueada a transferência de reservas ao governo pelo Banco Central, à espera da manifestação do Congresso. No sábado, o chefe de gabinete da Presidência, Aníbal Fernández, disse que a renúncia "não existe" e "não pode ser aceita". "Não existe. Não se pode e não se deve aceitar a renúncia de Redrado como titular do Banco Central", afirmou Fernández. O argumento do governo se deve ao fato de que a presidente Cristina Kirchner havia demitido por decreto o presidente do Banco Central. Como se vê, o governo de Cristina Kirchner se esforça para dar a impressão internacional de que a Argentina não passa de uma república bananeira.

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