segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Banco Central diz não haver risco cambial para empresas

O dólar subiu pela quarta semana seguida e voltou à casa de R$ 1,90, mas pegou poucas empresas despreparadas, diferentemente do que ocorreu no final de 2008, segundo avaliação do Banco Central. Por conta disso, a autoridade monetária tem se mantido alheia à alta do dólar e decidiu não intervir para elevar a cotação do real. Durante toda a semana, o Banco Central comprou dólares na faixa de R$ 1,84 e R$ 1,88, colaborando para ratificar o novo valor da moeda. O argumento é que não haveria hoje a mesma crise de liquidez e asfixia de crédito vista na turbulência de 2008. Nem casos relevantes de empresas com aposta errada no câmbio capaz de levá-las muito perto da insolvência, como ocorreu com Sadia e Aracruz Celulose. O Banco Central calcula em apenas US$ 35 milhões a exposição de empresas a esses derivativos "tóxicos", valor que seria irrisório não só ante os R$ 30 bilhões em contratos registrados de derivativos, mas, principalmente, diante dos US$ 20 bilhões que os exportadores brasileiros mantêm no Exterior. Para o Banco Central, as empresas brasileiras têm dólares de sobra, não em falta. Para o mercado, porém, o Banco Central está jogando "gasolina na fogueira" para deixar o dólar subir à casa de R$ 2,00.

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