sábado, 13 de fevereiro de 2010

Caixa Econômica Federal quer diversificar e prevê captação de recursos no Brasil e Exterior

Dentro da estratégia de aumentar cada vez mais sua participação nas operações de crédito no País e esperando um crescimento na demanda neste ano, a Caixa Econômica Federal quer diversificar suas fontes de financiamento. "Estamos trabalhando com as fontes tradicionais de financiamento, mas também vamos trabalhar fortemente com captação", afirmou o vice-presidente de Finanças da instituição, Márcio Percival. De acordo com ele, ainda que esteja forte financeiramente, a Caixa Econômica Federal quer buscar fundos de médio e longo prazo, visando o aumento na demanda das empresas por esse tipo de crédito para elevar seus investimentos. Disse ele: "2010 será um ano muito apoiado em investimentos. A necessidade do mercado é de 'funding' a longo prazo". A estratégia da Caixa Econômica Federal contempla basicamente dois instrumentos de captação: as chamadas Letras Financeiras, em fase de regulamentação pelo governo, para obter recursos no mercado interno, e a emissão de bônus no Exterior. As Letras Financeiras foram criadas por medida provisória em dezembro de 2009. Elas representam um empréstimo tomados pelos bancos, através de um título. A diferença deste título é que os credores não poderão resgatar os recursos antes do vencimento do papel. A alternativa seria vender o título no mercado secundário. As LTs devem ser regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional em março e, segundo Percival, a Caixa Econômica Federal deve começar a emitir esses títulos cerca de um mês e meio após a data. De acordo com ele, o banco pretende captar cerca de R$ 3 bilhões por meio deste instrumento, e apenas entre grandes investidores. Além disso, a Caixa Econômica Federal pretende seguir os passos do Banco do Brasil e também captar recursos no Exterior, através da emissão de bônus. A intenção do banco seria realizar a operação já neste primeiro semestre. O índice de Basiléia do banco estava em 17,5% ao final do quarto trimestre de 2009, o que, de acordo com o vice-presidente de Controle de Risco, Marcos Vasconcelos, possibilitaria à Caixa Econômica Federal dobrar sua carteira de crédito, que fechou 2009 em R$ 124,4 bilhões, com crescimento de 55,3%.

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