quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CVM portuguesa diz que CSN deu garantias bancárias para comprar a Cimpor

A CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) informou nesta quarta-feira que a CSN possui garantias financeiras para adquirir a cimenteira Cimpor, ao contrário do que informou nesta quarta-feira a direção da empresa. Em comunicado ao mercado, o comando da Cimpor pediu aos acionistas que rejeitassem a OPA (Oferta Pública de Aquisição) da CSN sobre a empresa, no valor de 3,86 bilhões de euros (US$ 5,55 bilhões). Entre os argumentos usados para pedir a rejeição está o fato de a CSN não ter dado garantias bancárias de que poderia bancar a compra de 100% das ações. Segundo a CMVM, a CSN apresentou a garantia bancária, que foi feita por um consórcio de bancos brasileiros formado por Itaú BBA (o braço de investimentos do Itaú-Unibanco), Bradesco e Banco do Brasil. Essas garantias, apontou a CVM portuguesa, estão sob custódia do BESI (Banco Espírito Santo de Investimento), que será responsável pela liquidação caso a CSN tenha sucesso na oferta hostil. "A responsabilização nestes termos, quer do BESI quer do sindicato bancário, preenche plenamente os preceitos legais, na medida em que as instituições em causa, que são bancos, disponibilizam os fundos para a liquidação e juntam o seu patrimônio ao do oferente na responsabilização pela liquidação perante os investidores, como acontece nas garantias bancárias em geral", explicou a CMVM. Além de garantir que a CSN possui as garantias bancárias para bancar a compra, a CMVM ainda alertou a direção da Cimpor que ela deve "cumprir de forma escrupulosa os deveres de lealdade e rigor" no que se refere "à qualidade da informação" que presta.

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