domingo, 28 de fevereiro de 2010

Marina Silva diz que governaria com "melhores" do PT e PSDB

A candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva (AC), afirmou na última quinta-feira que pretende fazer um "realinhamento histórico", no qual quer governar "com os melhores do PSDB e os melhores do PT". Ela fez a declaração ao participar de gravação do programa "É Notícia", da Rede TV! A entrevista irá ao ar à 0h15 desta segunda-feira. "Enquanto o PT e o PSDB não conversarem, vai ficar muito difícil uma governabilidade. Devíamos ser capazes de estabelecer uma governabilidade básica, onde o PT e o PSDB digam: "Naquilo que é essencial para o Brasil, nós não vamos colocar em risco a governabilidade'", disse. A senadora criticou as alianças dos dois partidos com forças políticas mais à direita. "O presidente Fernando Henrique ganhou sozinho e, para governar, teve que ficar refém do Democratas; o presidente Lula ficou refém dos setores mais retrógrados do PMDB. Isso não é bom para o Brasil", afirmou ela. Marina Silva disse ainda que sua candidatura representa um "leque de alianças sui generis", que não é de partidos, mas tem base na sociedade. No núcleo da campanha de Marina Silva há defensores da idéia de que o PT e o PSDB são muito mais próximos, em termos ideológicos, do que as alianças que deram sustentação aos governos FHC (1995-2002) - PSDB e DEM - e Lula (desde 2003) - PT e PMDB. Ao falar do papel do Estado, a senadora defendeu um "Estado necessário", que seja "eficiente, inteligente e transparente". Fez, entretanto, críticas ao modelo estatizante, e pregou um Estado "que saia cada vez mais da visão de querer ser dono de tudo e ainda do resto". Marina Silva abertas à candidata petista ao Planalto, a ministra Dilma Rousseff. Segundo ela, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) "é uma colagem de vários empreendimentos", nos quais Estados e municípios também têm méritos. As maiores críticas foram sobre a atuação de Dilma na cúpula do clima, em Copenhague, e em sua visão desenvolvimentista, que deixaria o meio ambiente em segundo plano. Nesse ponto, sobraram críticas também a Lula.

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