quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ministro Marco Aurélio afirma que renúncia de Paulo Octávio reforça tese de intervenção no Distrito Federal

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, admitiu nesta quarta-feira que a saída de Paulo Octávio do governo do Distrito Federal reforça a tese de intervenção federal, defendida pela Procuradoria Geral da República. Segundo o ministro, não seria "normal" o vice-governador renunciar. "A renúncia não revela um quadro de normalidade, e a intervenção se baseia justamente na discrepância dos fatos e tendo em conta o funcionamento das instituições. Não é normal o vice renunciar", afirmou. Marco Aurélio disse que a intervenção é uma medida séria e que por isso fica a cargo do presidente da Suprema Corte, ministro Gilmar Mendes, apresentar um parecer. "Temos que aguardar o voto do Gilmar Mendes. A questão é tão séria que quando se cogita a intervenção, há um relator exclusivo que é o presidente do Supremo", disse ele. O Palácio do Planalto e o Supremo já teriam começado a articular a intervenção no Distrito Federal. Com a renúncia de Paulo Octávio e a prisão do governador José Roberto Arruda (sem partido), o governo do Distrito Federal fica nas mãos do presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), que substituiu Leonardo Prudente, que também saiu do cargo por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção local.

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