segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Presidente da Fiesp diz que o PT aos 30 anos não causa mais medo a ninguém

Uma das transformações mais notáveis do PT é a relação com o empresariado. De ameaça à estabilidade econômica e democrática, Lula passou à condição de quase unanimidade, arrecadando prêmios do setor no Brasil, como "Operário nº 1", e no exterior, como "Estadista do Ano", concedido pelo Fórum Econômico Mundial. "Tenho certeza de que o medo do PT não existe mais", afirma o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o socialista Paulo Skaf (empresário sem empresa), que apoiou Lula em 2002. De acordo com ele, o relacionamento do empresariado com Lula e também com o PT é "excelente", "de carinho". Nem sempre a relação com a entidade foi amena. Em 1989, seu então presidente Mário Amato afirmou que a vitória de Lula levaria 800 mil empresários a deixar o país. Em 1994, outro presidente da principal entidade industrial do Brasil, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse, sobre a candidatura petista, que o País corria o risco de "eleger um presidente que condenaria o Brasil ao atraso". Pois bem, torturados acabam se apaixonando por seu torturador, isso é muito comum. No caso, o empresariado paulista, capitalista, por suposto, declara amor para quem está querendo liquidar com a propriedade privada, em projeto contido de maneira expressa no 3º Plano Nacional de Direitos Humanos. Está confirmada a tese de que empresários são mesmo estúpidos quando se referem à política.

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