sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PT reduz número de candidatos a governador para favorecer Dilma Rousseff

Com o objetivo de eleger a neopetista Dilma Rousseff em outubro, o PT vai chegar às eleições deste ano com o menor número de candidatos próprios a governador em seus 30 anos de história. O partido encabeçará chapas estaduais em no máximo 12 Estados, mais o Distrito Federal, número bem inferior ao observado em cada uma das sete eleições estaduais que o PT participou. Assim aumenta o papel dos partidos da base aliada, principalmente do PMDB, que indicará o vice da neopetista Dilma Rousseff e que deverá receber o apoio do PT em sete Estados. Em seguida vem o PSB, que embora mantenha candidatura própria à Presidência (Ciro Gomes) tem até o momento o apoio do PT à reeleição de seus governadores Cid Gomes (CE) e Eduardo Campos (PE). O próprio neo coronel cearense Ciro Gomes terá o PT no seu palanque se disputar o governo paulista. "O nosso objetivo primeiro é eleger a Dilma", diz Paulo Frateschi, secretário nacional de Organização, para quem a mudança é importante: "Antes, para ter coligação no PT era um sufoco danado". O senador Aloizio Mercadante (SP) reforça: "O projeto é dar prioridade à campanha nacional". De fato, a política de alianças aprovada no congresso do PT diz que os arranjos regionais devem se submeter à "centralidade da eleição da companheira Dilma". Nas quatro primeiras eleições estaduais de que participou (1982, 1986, 1990 e 1994), o PT lançou candidaturas a governador em quase todos os Estados. Em 1994, teve suas duas primeiras vitórias, no Distrito Federal e no Espírito Santo. Quatro anos depois (1998), o PT teve o menor número de candidaturas, 16. Mas, em 2002, ano em que chegou à Presidência, encabeçou chapa em 24 Estados. Na reeleição de Lula, em 2006, foram 18. "Isso é maturidade, é evolução partidária. De que adianta ter candidato em todo lugar e não ir para o segundo turno? Queremos compor uma maioria. Lula tem ampla base de sustentação, que tem que ser representada", afirma Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara. O Planalto tem 14 partidos em sua base, mas nem todos apoiarão Dilma Rousseff.

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