quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Senadores do DEM consideram que prisão de Arruda não traz prejuízos ao partido

Senadores do DEM afirmaram nesta quinta-feira que a decisão do Superior Tribunal de Justiça de ordenar a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, não traz danos à imagem do partido. Apesar de Arruda ter sido o único governador do DEM eleito nas eleições de 2006, líderes democratas afirmam que o partido já havia determinado o seu afastamento em meio à crise, decisão que se antecipou à Justiça. "O meu partido foi a primeira instituição a se posicionar. Nem a OAB, nem o Ministério Público, nem a Justiça tomou essa decisão. O partido agiu no primeiro momento e levou o governador a se desfiliar", disse o líder do DEM no Senado Federal, senador José Agripino Maia (RN). Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o partido cumpriu a sua parte ao afastar Arruda dos seus quadros: "É lamentável no contexto da política brasileira que isso ocorra. Agora, o meu partido não pode ser acusado de omissão. Acho que toda medida que é moralizadora é benéfica para o País. Quem acha não sou eu, quem acha é a Justiça. A Justiça tomou a decisão". Heráclito reconheceu, porém, que o DEM vai "ter que pagar o pecado" de ser o partido do governador no momento em que as denúncias surgiram no Distrito Federal: "Esse é um pecado que nós vamos ter que pagar, mas não fomos omissos como alguns partidos. Você está vendo por exemplo alguns envolvidos em corrupção sendo habilitados e voltando à direção partidária. Nós não agimos assim. Eu estou me referindo ao PT especificamente". E é verdade, o PT reabilitou figuras como José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha, que voltaram para a direção do partido, apesar do indiciamento de todos no processo penal do maior escândalo político da história da República, o Mensalão do PT.

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