sábado, 20 de fevereiro de 2010

UM AIATOLÁ DO PETISMO ATACA KÁTIA ABREU: PATRULHA, IGNORÂNCIA E MISOGINIA

Do site do jornalista Reinaldo Azevedo: "A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) já tinha muitas razões para se orgulhar de seu mandato. Agora tem mais uma. Foi covardemente atacada por um aiatolá do petismo, o soi-disant jurista Dalmo de Abreu Dallari. O artigo do bruto foi publicado no JB, e lá poderia continuar, quase ignorado. Mas decidi lhe dar visibilidade. Porque acho que se trata de uma guerra que vale a pena ser travada. O pretexto para a baba esquerdopata de Dallari foi o convênio firmado entre a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em favor da segurança jurídica no campo. Vejam que coisa absurda, não!? Um órgão que representa um setor da economia — o único que produz os superávits que permitem a Dallari e a seu genro, Eduardo Suplicy, cantar as glórias de Lula — firma um convênio com um órgão do Judiciário para garantir a… segurança jurídica!!! Onde já se viu um escândalo desse? Decente é sair por aí invadindo terras, incendiando casas, depredando laboratórios, como faz o MST, aliado da turma do suposto “jurista”. No artigo, Dallari larga o braço no CNJ, uma forma, para quem conhece o riscado, de atacar o ministro Gilmar Mendes. Mendes tem a péssima mania de indagar: “Mas o que diz a lei?” Petista sempre acha que cumprir a lei é um ato de sabotagem contra os “oprimidos” que ele diz representar. Por isso Lula, conforme lembro num post abaixo, já chegou a mudar uma lei só para permitir que a Oi comprasse a Brasil Telecom. O oprimido, no caso, era Sérgio Andrade, um dos donos da Oi e da empreiteira Andrade Gutierrez e maior financiador individual de suas campanhas eleitorais. A Oi (ex-telemar) também foi a empresa que injetou R$ 10 milhões na Gamecorp, a empresa do gênio Lulinha. Mas já me desviei. É que essa proteção dos petistas aos oprimidos sempre me encanta e me leva a devaneios poéticos. No artigo, Dallari avança contra Kátia Abreu com incrível brutalidade. Leiam. Volto em seguida: Na realidade, a senadora Kátia Abreu é lobista notória, usando as prerrogativas do mandato de senadora para a proteção e o benefício do agronegócio, o que ficou bem evidenciado quando, em companhia de três senadores, ela saiu de Brasília e foi ao estado do Pará com o objetivo exclusivo de impedir a continuação dos trabalhos do Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo que apurava denúncias da prática da escravidão em unidades do agronegócio situadas naquele estado. Assim, também, tem sido noticiada com grande ênfase sua intensa atividade visando impedir a imposição legal de índices razoáveis de produtividade para as unidades rurais, bem como a proibição do desmatamento irracional em prejuízo do meio ambiente. E jamais se teve notícia de qualquer palavra ou iniciativa da nobre senadora condenando o uso do trabalho escravo ou o desmatamento criminoso. Essa é a personagem que, junto com o ministro Gilmar Mendes, vai cuidar da segurança jurídica no campo. Coincidentemente, nos Estados Unidos acaba de ser feita uma grave denúncia de corrupção, noticiando-se que um membro da Câmara de Representantes, Billy Tauzin, era lobista da indústria farmacêutica enquanto exercia o mandato, o que é proibido pelo Código de Ética do Legislativo. Por causa da denúncia e optando pelo que lhe traz maior proveito, ele desistiu do mandato para assumir a presidência da Pharma, instituição privada que comanda o lobby dos laboratórios. Será ética a acumulação do mandato de senadora com a presidência da Confederação Nacional da Agricultura ? Ao lado dessa questão, está presente e merece veemente condenação a corrupção institucional que se configura pela aliança de duas instituições, para agir contra disposições expressas da Constituição e em prejuízo do povo brasileiro". Comento - Vai acima um conjunto de boçalidades e de preconceitos: contra o agronegócio, contra a atividade parlamentar e, o que não me surpreende neste caso em particular, CONTRA AS MULHERES. Isto mesmo: o artigo de Dallari é escandalosamente misógino. É mentira que os senadores tenham ido ao Pará tentar impedir qualquer fiscalização. Quem conhece o trabalho da CNA e de Kátia Abreu sabe que ela já disse mais de uma vez que não tem nenhum compromisso com proprietários que não sigam as leis trabalhistas. Não se limita a dizer. Age assim. Desafio Dallari a provar o contrário. A Confederação tem hoje uma meta: desmatamento zero, mas está empenhada em proteger, sim, a agricultura e a pecuária dos ecologistas do miolo mole, que devem imaginar, como já escrevi aqui, que arroz, feijão, milho ou carne brotam nas prateleiras do Pão-de-Açúcar e do Carrefour…Estudo de pesquisadores da Embrapa, que Dallari ignora ou finge ignorar, prova que, a se fazer tudo o que querem os que se intitulam “ecologistas”, sobrará 27% do território nacional para a produção de comida, para as obras de infra-estrutura e para as cidades. Alimentaremos o povo com a luz emanada da cachola do aiatolá do petismo Dalmo de Abreu Dallari. Quanto à questão do lobby, a tese é vigarista e preconceituosa. Nunca li nenhum texto de Dallari atacando o deputado Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria desde 2002. Deve disputar o Senado pelo PTB. Antes, presidira a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco por 12 anos. Sempre num partido aliado ao governo federal. Os pecados de Kátia Abreu, assim, são dois: é mulher liderando uma entidade e é de oposição. Mas eu ainda não disse tudo. Quantos são os sindicalistas ligados ao PT ou a partidos aliados que estão na Câmara e no Senado? Não é o próprio presidente da República expressão de uma organização sindical? O Executivo está coalhado de representantes da CUT, que constitui, ela sim, o núcleo duro do governo Lula. E não se ouve, naturalmente, um pio de Dallari. Sim, eu o brindarei com aquela descompostura passada pelo poeta Antero de Quental num adversário. Então é Reinaldão falando para Dallari: Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas coisas que saem dele, confesso, não me merecem nem admiração nem respeito nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V.Exa. precisa menos cinquenta anos de idade ou, então, mais cinquenta de reflexão. É por esses motivos todos que lamento do fundo da alma não me poder confessar, como desejava, de V.Exa. nem admirador nem respeitador”. É isto: é a futilidade, além do ranço ideológico e, suspeito, da misoginia, que leva Dallari a dirigir tal ataque a Kátia Abreu. Mas eu considero que a senadora está diante de um fato auspicioso. Ela realmente começou a incomodar. E se tornará, é bom se cuidar, alvo de ataques permanentes. Como, até agora, não vi ninguém vencê-la no argumento, restam o xingamento e a desqualificação, a exemplo de agressões já desferidas por Carlos Minc, aquele ministro que rebola no palco em homenagem a Jah, o deus dos regueiros (ou algo assim; não sei direito porque não me oriento por sinais de fumaça). O que entende Dallari de agricultura? Não saberia, perigosamente, distinguir um nabo de um rabanete. Mas de patrulha ideológica, ah, disso ele entende! Essa gente não ataca quem não incomoda. E, definitivamente, Kátia Abreu incomoda os aiatolás do suposto “progressismo”. Eis a boa notícia! E eles tentarão de tudo para desconstruí-la. A esquerda só prospera, e a entrevista de Lula ao Estadão o prova, fazendo o jogo sujo, chamando de crimes as virtudes alheias e de virtudes os seus próprios crimes.

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