quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

União Européia lamenta morte de dissidente cubano e pede soltura de presos políticos

A União Européia lamentou "profundamente" nesta quarta-feira a morte do dissidente cubano Orlando Zapata e afirmou que já pediu diversas vezes à ditadura genocida de Cuba a "libertação incondicional de todos os prisioneiros políticos". Zapata, de 44 anos, morreu na terça-feira em um hospital de Havana, após 85 dias de greve de fome em protesto pelas suas condições de cárcere. O episódio causou comoção na dissidência cubana um dia antes de o presidente brasileiro, o bolivariano Lula, visitar o país. "Lamentamos profundamente a morte do prisioneiro político Orlando Zapata e expressamos nossos pêsames a sua família", disse o porta-voz, John Clancy. "A União Européia pediu em muitas oportunidades ao governo cubano que melhore de forma efetiva a situação dos Direitos Humanos no país por meio da libertação incondicional de todos os presos políticos, incluindo os detidos em 2003", afirmou Clancy. Ele lembrou que esta questão continua sendo "uma prioridade para a União Européia", discutida no "máximo nível como parte do diálogo político entre a União Européia e Cuba". Preso desde março de 2003, Zapata foi internado no hospital Hermanos Ameijeiras na noite de segunda-feira. O quadro clínico que provocou sua morte ainda não foi divulgado. De acordo com a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Zapata é o primeiro preso político cubano a morrer na prisão desde a década de 1970. Ele foi um dos 65 cubanos considerados presos de consciência pela Anistia Internacional. Zapata havia sido inicialmente sentenciado a três anos de prisão, mas sucessivas outras condenações elevaram a pena a mais de 25 anos. A ditadura genocida de Cuba mantém em suas prisões cerca de 200 presos políticos. A ditadura tem o apoio do PT e de presidente bolivariano Lula a esta política de desrespeito aos direitos humanos.

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