domingo, 21 de março de 2010

Correios terão de assumir rombo de R$ 1 bilhão em fundo de pensão

O governo Lula mandou que os Correios assumam rombo de R$ 1,43 bilhão do seu fundo de pensão, o Postalis. O conselho da estatal tem até abril, quando fecha o balanço contábil de 2009, para tomar a decisão. A determinação partiu da autarquia Previc (antiga Secretaria de Previdência Complementar), depois que houve resistência da cúpula da estatal em reconhecer a dívida. Documentos mostram que o secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, responsável pela fiscalização dos fundos de pensão, ordenou que os Correios saldassem o déficit, sob pena de execução judicial do Postalis. A diretoria dos Correios sabia que o fundo estava com déficit atuarial (sem recursos suficientes para honrar todas as aposentadorias no futuro). Mas estimava que o buraco era de R$ 630 milhões, e não um valor 120% maior. Ligado ao PT, o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, reprovou o plano de socorro em reunião do conselho de administração em 2009 e questionou os cálculos. Se os Correios cobrirem o buraco, terão uma queda vertiginosa nos lucros referentes ao ano passado.

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