quinta-feira, 18 de março de 2010

Gurgel diz que cassação de Arruda reforça tese de intervenção federal em Brasília

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira que a movimentação dos deputados distritais para mudar a Lei Orgânica do Distrito Federal e convocar uma eleição direta por causa da cassação do governador preso José Roberto Arruda (sem partido) pela Justiça Eleitoral não interfere no seu pedido de intervenção da União na capital federal. "Quem seriam os eleitores? Os deputados envolvidos? Se for isso, é a demonstração mais eloquente de que a intervenção precisa ocorrer. Porque teremos os mesmos deputados acusados de participação nesse esquema criminoso que domina o Distrito Federal elegendo o novo governador. Quem será o novo governador? Provavelmente alguém extremamente ligado a eles", disse. Para o procurador-geral, a nova suspeita do Ministério Público local de que pelo menos 26 deputados distritais e suplentes estariam envolvidos no esquema de corrupção, reforçam as avaliações de que a situação da política no Distrito Federal é grave. Isso mostra que a situação está tão grave quanto antes e que a Câmara Legislativa continua agindo aos trancos e solavancos: ou por medida judicial ou por medo da intervenção. Gurgel afirmou que tanto o Executivo como o Legislativo continuam incapacitados. "A linha sucessória parece ser, mais que uma preocupação, uma obsessão dos que se opõem à intervenção. A linha sucessória não tem qualquer relação com o pedido de intervenção. Pouco importa que haja uma pessoa, duas pessoas ou três pessoas habilitadas para assumir o governo. O que importa é que o governo do Distrito Federal, seja no Executivo, seja no Legislativo continua incapacitado de exercer adequada", disse.

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