quarta-feira, 17 de março de 2010

Investigações apontam aumento de distritais e suplentes suspeitos no Distrito Federal

As novas investigações do Ministério Público do Distrito Federal apontam que 26 deputados distritais e suplentes são suspeitos de participação no esquema de arrecadação e pagamento de propina que envolve o governador cassado e preso, José Roberto Arruda (sem partido). Inicialmente oito parlamentares e dois suplentes eram acusados de participação no esquema. O Ministério Público entrou com uma nova ação no Tribunal de Justiça local para afastar esses parlamentares e suplentes da votação da Câmara Legislativa do Distrito Federal que vai analisar os pedidos do Superior Tribunal de Justiça para abrir dois processos criminais contra Arruda. Promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas levaram em consideração novos depoimentos de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção, e documentos apreendidos nas buscas e apreensões realizadas pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o esquema de corrupção. Na avaliação dos promotores, há fortes indícios de que esses parlamentares estariam envolvidos no esquema de corrupção de Brasília. Entre os novos investigados estão integrantes da tropa de choque de Arruda na Câmara Legislativa, como o primeiro-secretário Batista das Cooperativas (PRP) e o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), ex-secretário de Justiça e Cidadania do governo. Ainda aparece a deputada Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), adversário político de Arruda e que também está sendo investigado. Durval comandava a Codeplan (Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central) no governo Roriz. Os nomes dos deputados aparecem ao lado de números em uma planilha apreendida. No documento, os números representariam valores da "mesada" que esses parlamentares teriam direito em troca de apoio político. Nas planilhas também aparecem outros deputados como Eurides Britto (PMDB), que responde a processo de cassação na Comissão de Ética por causa das denúncias do esquema de corrupção, e Roney Nemer (PMDB), que já estão em investigação. Estão impedidos de participar da análise do pedido de impeachment, porque são investigados, Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Rogério Ulisses (sem partido), além dos suplentes Berinaldo Pontes (PP) e Pedro do Ovo (PRP). A lista dos deputados distritais suspeitos é a seguinte: Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Britto (PMDB), Jaqueline Roriz (PMN), Batista das Cooperativas (PRP), Rogério Ullysses (Sem partido), Roney Nemer (PMDB), Raimundo Ribeiro (PSDB), Milton Barbosa (PSDB). Já a lista dos suplentes que estão sendo investigados é a seguinte: Geraldo Naves (sem partido), Berinaldo da Ponte (PP), Pedro do Ovo (PRP), Monica Nobrega (DEM), Ricardo Noronha (PSL), Roberto Lucena (PMDB), Odilon Aires (PMDB), Aires Costa (PSC), Lunardi (DEM), Valter de Sousa (PR), Antonio Alves (DEM), Marcelo Toledo (PSL), Adelia Frejat (PPB), Keila de Vasconcelos (DEM), Francisco de Assis (DEM) e Elivovaldo José Ferreira (DEM).

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