quinta-feira, 25 de março de 2010

Ministros em Israel querem que Netanyahu resista à pressão dos Estados Unidos

Ministros israelenses exortaram o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, a resistir a pressões do presidente norte-americano, Barack Obama, e "defender firmemente os interesses de Israel", após os encontros entre os dois líderes em Washington. Netanyahu esteve nos Estados Unidos por dois dias para tentar por um fim à crise iniciada com os anúncios de novas construções em Jerusalém Oriental, que receberam duras críticas do governo norte-americano. O premiê disse acreditar que houve progressos nos encontros com Obama e com o enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio George Mitchell. Fontes do governo israelense disseram que ambos os lados teriam concordado na criação de um pacote de medidas que poderiam reavivar negociações de paz com os palestinos. A Casa Branca não deu detalhes sobre as discussões. Poucas horas antes do retorno de Netanyahu a Israel, vários dos parceiros do premiê na coalizão governamental deram declarações em tom de desafio ao presidente norte-americano. "Não somos uma extensão dos Estados Unidos", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Daniel Hershkowitz, do partido da extrema-direita Habait Hayehudi. "Não queremos brigar com o nosso grande amigo, porém nossa responsabilidade é para com o povo de Israel, somos um Estado independente, temos que evitar uma situação na qual poderemos fechar o Parlamento e o governo e dar as chaves a Obama". O vice-primeiro ministro, Silvan Shalom, do partido de Netanyahu, o Likud, disse à radio estatal de Israel, Kol Israel, que "Jerusalém é inegociável e se Netanyahu ceder às pressões de Obama nessa questão, seu governo cairá no mesmo dia".

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