segunda-feira, 15 de março de 2010

Palocci abre as portas do empresariado para Dilma Rousseff

Ministros, petistas, e empresários avaliam que o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci (demitido do cargo no governo Lula porque mandou estuprar a conta bancária de um caseiro) é um "abridor de portas" para aliados e o "interlocutor" escalado pelo presidente Lula para identificar resistências e aparar arestas no meio empresarial em favor da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, presidenciável do PT, Não fosse o episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro, ele poderia ser o candidato de Lula à Presidência. Há, porém, os que torcem o nariz para o ex-ministro da Fazenda. Na área econômica, a Folha, a pergunta que se faz é: qual Palocci irá integrar a campanha de Dilma, o conservador do passado ou um adaptado à nova fase do governo Lula? Sem falar em grupos do PT que criticaram sua intervenção em encontro de empresários de comunicação, quando condenou a idéia de "controle de mídia" lançada pelo partido. O deputado integra o comando da campanha petista por escolha do presidente. Quando decidiu armar a estratégia da candidatura de Dilma Rousseff, Lula foi claro sobre o papel do ex-ministro. "Você chama o Fernando Pimentel que eu chamo o Palocci", disse ele a Dilma Rousseff. Empresários vêem o ex-ministro como "avalista" de Dilma. "Diga-me com quem tu andas, e eu direi quem tu és": foi com essa citação bíblica que o empresário Jorge Gerdau definiu a importância do papel de Palocci na futura campanha à Presidência de Dilma Rousseff. Seguindo a mesma linha de Gerdau, o presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, diz que o ex-ministro da Fazenda será o "interlocutor e apresentador" de Dilma Rousseff no meio empresarial: "Ele seria um dos avalistas da ministra. Não que ela precise de avalistas, mas avalista no sentido de continuar com o histórico de interlocução, flexibilidade e abertura que o governo do presidente Lula teve com a classe empresarial".

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