segunda-feira, 15 de março de 2010

Promotor paulista diz que reação do PT a caso Bancoop é uma tentativa de intimidação

O promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, chamou de tentativa de intimidação as reações de dirigentes do PT às investigações do caso de desvio de dinheiro da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para campanhas eleitorais petistas, inclusive a de Lula, em 2002. "Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação", afirma o promotor em nota divulgada nesta segunda-feira. No dia 5, o promotor pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por envolvimento no esquema de desvio. Blat também pediu o bloqueio das contas da cooperativa. Vaccari faz parte da cooperativa desde a sua fundação e foi presidente da entidade. Segundo ele, os pedidos foram baseados em provas e depoimentos inegáveis. O promotor diz que, no ano passado, a Justiça já havia aceitado o pedido de depoimento de Vaccari. "Exerço uma carreira de Estado e não de governo e não estou investigando pessoas ligadas a partidos políticos, mas sim dirigentes e ex-dirigentes de uma cooperativa habitacional que lesou milhares de famílias", afirma Blat. O líder do governo na Câmara, deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmou na semana passada que a ação do promotor faz parte de uma "articulação política mal engendrada".

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