terça-feira, 30 de março de 2010

Tesoureiro petista Vaccari e advogados negam irregularidades na Bancoop e criticam promotor

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o advogado da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), Pedro de Abreu Dallari (cunhadinho do senador petista Eduardo Suplicy), negaram nesta terça-feira irregularidades na gestão da cooperativa, especialmente no período em que o petista esteve em seu comando, entre 2005 e fevereiro deste ano. Mesmo com as acusações de que a Bancoop deixou de entregar imóveis pagos por um grupo de cooperados, Vaccari disse que apenas 8,9% dos compromissos firmados ainda não foram honrados pela cooperativa. O tesoureiro fez uma apresentação técnica à comissão, deixando para o advogado a tarefa de rebater acusações do promotor José Carlos Blat de que o petista desviou recursos da cooperativa para o partido. Em depoimento a comissões do Senado, o advogado Dallari (o cunhadinho de Suplicy) afirmou que Blat não vem conduzindo as investigações corretamente, uma vez que não levou o caso às esferas judiciais. "De 2008 a 2010, nenhuma medida foi impetrada por este promotor. Não houve formalização de denúncia e sequer foram chamados a prestar depoimento os dirigentes da cooperativa, o que considero de extrema gravidade. É legítimo o promotor ter suas convicções, mas das suas convicções não surgiram medidas efetivas", afirmou ele. Dallari disse que o promotor usa a imprensa para fazer denúncias contra a Bancoop com o objetivo de "oxigenar" o inquérito em tramitação no Ministério Público. Mas, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se esquivou nesta terça-feira de participar de acareação com o corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro, que acusou o petista em depoimento ao Ministério Público de desviar recursos da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) para o esquema do Mensalão do PT. Pressionado pela oposição para aceitar uma acareação com o corretor, Vaccari disse que precisa consultar o partido antes de decidir sobre o pedido. Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), a acareação é necessária uma vez que Funaro revelou ao Ministério Público os desvios na Bancoop que teriam beneficiado o PT. Vaccari negou a acusação de que recebia envelopes de dinheiro entregues a Luiz Eduardo Malheiro, vice-presidente da cooperativa, para serem encaminhados ao PT. "A acusação de que me entregaram envelopes de dinheiro não procede. Nunca recebi dinheiro em envelope ou fora de envelope. A Bancoop não contribui com partidos políticos", afirmou. Quá, quá, quá.... o cara se revelou um humorista, deu um depoimento hilário.

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