quarta-feira, 7 de abril de 2010

Após 40 dias, dissidente cubano Pelegrino anuncia fim de greve de fome

O dissidente cubano Franklin Pelegrino del Toro, em greve de fome há 40 dias, informou que abandonou nesta quarta-feira seu protesto após os insistentes pedidos de familiares e grupos de opositores, convencido de que precisa estar "vivo para lutar por Cuba". Pelegrino, de 38 anos, é barbeiro e faz parte do Partido Republicano Cubano. Ele agradeceu a "solidariedade e o apoio" da oposição e disse que seu jejum não era uma "chantagem", como afirmou no domingo passado o ditador cubano, general facínora Raúl Castro, mas um "gesto" a favor dos direitos humanos. "Eu pedia apenas o direito da liberdade dos presos políticos", acrescentou o dissidente, que falou por telefone da casa de sua porta-voz, María Antonia Hidalgo, na cidade de Holguín, a cerca de 800 quilômetros ao leste de Havana. Pelegrino disse que já começou a tomar por via oral soros com vitaminas e que em breve vai ingerir outros alimentos líquidos para se recuperar. O dissidente começou seu protesto em 28 de fevereiro, cinco dias depois da morte do pedreiro Orlando Zapata Tamayo, preso político, depois de uma greve de fome na prisão de 85 dias. O médico Darsi Ferrer também está em greve de fome desde meados de março em uma prisão de Havana, segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

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