terça-feira, 27 de abril de 2010

Assembléia do Paraná desviou R$ 20 milhões com contratação de "fantasmas"

Cerca de R$ 20 milhões é a quantia inicial estimada pelo Ministério Público do Paraná como desviada dos cofres da Assembléia Legislativa do Estado por meio da contratação de funcionários fantasmas. A informação é do chefe dos Gaecos no Paraná (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), procurador Leonir Batisti, que comanda as investigações sobre corrupção na Assembléia. O dinheiro era depositado sob pretexto de pagamento de salário a pelo menos 50 servidores fantasmas nomeados em cargos de comissão. Os cargos eram controlados pelas diretorias administrativas da Casa. De acordo com a investigação, todas as contas foram abertas nos dois postos bancários que funcionavam dentro da Assembléia. Era de lá que a maior parte dos saques também era feita, diz o Ministério Público Estadual. Há casos de depósitos mensais sob o pretexto de pagamento de salário a servidor comissionado que variam de R$ 17 mil a R$ 35 mil mensais. O episódio dos supersalários pagos a fantasmas levou no último final semana à cadeia o ex-diretor-geral da Casa Abib Miguel, conhecido como Bibinho, e dois outros ex-diretores subordinados a ele, Cláudio Marques da Silva e José Ary Nassif. Os três foram afastados quando as suspeitas do esquema de funcionários fantasmas veio a público, há mais de um mês.

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