domingo, 18 de abril de 2010

Banco do Brasil está em vias de comprar o banco Patagônia na Argentina

O argentino Banco Patagônia será vendido nos próximos dias para o Banco do Brasil. Na sexta-feira, o Patagônia emitiu um comunicado no qual indicou que as negociações com o Banco do Brasil "estão muito avançadas". Além disso, a instituição, a quinta do ranking argentino em depósitos e quarta em patrimônio líquido, afirmou que "estima-se que nos próximos dias ambos lados poderiam chegar a um acordo que poderia incluir por parte do Banco do Brasil o controle do Banco Patagônia". Se a compra for concretizada, esta seria a primeira entidade financeira que o Banco do Brasil adquire fora do território brasileiro, dentro de sua nova estratégia de internacionalização. Apesar do significativo desembarque de empresas brasileiras na Argentina principalmente desde 2002 nos mais diversos setores (cimento, têxteis, calçados, frigoríficos, combustíveis, entre outros), a área bancária argentina somente havia sido explorada até agora pelo Banco Itaú, que conta com uma rede de 81 filiais em todo o país, em grande parte decorrente da aquisição do Banco del Buen Ayre, em 1998, por US$ 225 milhões. O Patagônia possui ativos pelo valor de US$ 2,5 bilhões, um patrimônio líquido de US$ 481 milhões e depósitos equivalentes a US$ 1,7 bilhão. Ao redor de 75% das contas correntes do banco estão conectadas ao pagamento de salários e benefícios. O banco conta com 170 agências em toda a Argentina, que possuem 250 caixas eletrônicos. O Patagônia concentra 463 mil contas de funcionários de 3.323 empresas, principalmente pequenas e médias companhias. O banco administra um milhão de cadernetas de poupança. A expectativa em Buenos Aires é que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, assinaria em breve o acordo na capital argentina com os irmãos Ricardo e Jorge Stuart Milne, que controlam 49,9% das ações com direito a voto, além da diretoria do banco. Atualmente o BB conta com apenas uma filial em Buenos Aires, em pleno coração da city financeira, na esquina das ruas Sarmiento e 25 de Mayo, a quatro quarteirões da Casa Rosada, o palácio presidencial.

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