quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dissidente cubano completa 50 dias em jejum e promete continuar

O opositor cubano Guillermo Fariñas completou nesta quarta-feira 50 dias de greve de fome, com complicações devido a uma infecção, mas disposto a continuar seu protesto "até o fim". "Isso continua até o fim. Há momentos em que a morte é necessária, e já estou condenado à morte pelo Raúl Castro (ditador cubano)", declarou Fariñas, de 48 anos, no hospital de Santa Clara, a 280 quilômetros a leste de Havana, onde foi internado em 11 de março. O dissidente iniciou seu jejum em 24 de março para exigir a liberdade de 26 presos políticos doentes, um dia depois da morte do preso político Orlando Zapata, que ficou quase três meses em greve de fome na prisão, exigindo melhores condições carcerárias. "Tinha esperança de que algo mudasse, mas depois do discurso de Raúl Castro, não tenho nada a dizer a ele. Ele quis que eu me rendesse, mas não lhe darei o gosto", afirmou o dissidente. Ao se referir a Fariñas, Raúl Castro disse em 4 de abril que "aconteça o que acontecer" não irá ceder à "chantagem", e acusou os Estados Unidos e a União Européia de orquestrar uma campanha para "desacreditar e desestabilizar" a sua ditadura com a greve de fome de opositores.

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