sábado, 24 de abril de 2010

Dissidente cubano completa dois meses de greve de fome

O jornalista opositor cubano Guillermo Fariñas completou neste sábado dois meses de greve de fome com a qual pressiona a ditadura de Cuba a libertar 26 presos políticos. Apesar do frágil estado de saúde, Fariñas disse estar disposto "mais do que nunca" a continuar o protesto. "Na conjuntura em que o governo está se debatendo, agora mais do que nunca tenho que prosseguir com a greve de fome", disse Fariñas por telefone, no hospital de Santa Clara, onde está internado desde 11 de março. Fariñas informou que seu estado de saúde é "estável dentro da gravidade". Ele está pesando 67 quilos quilos, 14 quilos a menos do que quando iniciou a greve. Fariñas, de 48 anos, pertenceu às tropas de elite de Fidel Castro nos anos 80. Ele iniciou seu protesto em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do preso político Orlando Zapata, de 42 anos, que manteve um jejum por 85 dias para exigir melhores condições carcerárias. A morte de Zapata e a greve de fome de Fariñas, assim como as frequentes manifestações das Damas de Branco (familiares dos presos políticos condenados em 2003) provocaram fortes críticas de governos, parlamentares e organismos internacionais a Cuba, que a ditadura de Raul Castro rejeita como uma "campanha midiática" promovida pelos Estados Unidos. As autoridades cubanas qualificam a greve de Fariñas como uma chantagem à qual se nega a ceder, e o próprio Fariñas e os dissidentes como mercenários que recebem apoio financeiro de Washington. Os genocidas comunistas da dinastia Castro não querem saber de democracia.

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