terça-feira, 27 de abril de 2010

Fiesp afirma que indústria paulista ainda tem espaço para aumentar produção

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria paulista está em 69,2%, de acordo com o novo indicador divulgado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta terça-feira. A metodologia do NUPP (Nível de Utilização da Produção Plena) considera a quantidade de turnos, horas-extras e contratações necessários para atingir a atividade máxima. A pesquisa foi feita entre os dias 15 de março e 16 de abril com 247 empresas e tem como referência o mês de fevereiro. Já o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada), divulgado mensalmente, leva em conta as condições normais de funcionamento e não o limite possível. No mesmo período e considerando a mesma base de empresas, o indicador foi de 79,23%. O lançamento do NUPP, às vésperas da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), quando se espera uma alta na taxa de juros, foi apenas coincidência, segundo Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp. Para ele, o novo indicador é necessário porque há quem analise a resposta sem entender direito a pergunta, referindo-se à discussão a respeito da pressão da demanda aquecida sobre os preços dos produtos. O levantamento aponta ainda que 76% das empresas entrevistadas conseguiriam atingir a produção plena em até seis meses, se necessário. Entre as razões apontadas para a produção efetiva no mês de referência ter sido menor do que o limite possível estão demanda insuficiente (57,9%), limitação dada por paradas imprevistas (16,4%), abastecimento insuficiente de matéria-prima (12,6%), sazonalidade (11,5%) e ociosidade planejada (10,4%). A questão podia ser respondida com múltiplas escolhas. O INA (Indicador de Nível de Atividade), também divulgado nesta terça-feira, mostrou a elevação de 18% em março ante fevereiro nos dados sem ajuste sazonal e de 18,2% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Dos 17 setores analisados pela Fiesp, 11 já estão acima do nível pré-crise. Em fevereiro, eram apenas seis. Na média, a atividade está 0,9% abaixo daquela registrada em setembro de 2008. A previsão é que o INA retorne ao mesmo patamar já neste mês.

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