terça-feira, 13 de abril de 2010

Marina Silva critica Dilma: "Quem saiu, defendeu a própria vida e não é fujão"

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que os brasileiros que se exilaram no Exterior durante a ditadura militar agiram em defesa das próprias vidas e não podem ser chamados de fujões. "Os que saíram do Brasil não fugiram. Eles fizeram um ato de legítima defesa de sua vida. É assim que a pessoa faz quando se sente ameaçada, age em legítima defesa", disse ela, em São Paulo. A senadora renovou a promessa de não partir para o confronto com os adversários na corrida presidencial, mas repetiu as palavras da petista Dilma Rousseff ao rebater suas declarações sobre o assunto: "Não sei o contexto em que a Dilma falou, mas os exilados políticos não são fujões. São pessoas que continuaram a luta fora do Brasil". No sábado, Dilma disse que não abandonou o barco e que não tem medo da luta. A frase foi interpretada como recado ao tucano José Serra, que foi obrigado a se exilar em 1964. Em tom de ironia, Marina Silva disse "se inspirar" na pré-candidata do PT e relembrou seu embate com o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), em maio de 2008. Na ocasião, o senador disse duvidar das palavras de Dilma porque ela havia mentido sob tortura. "Tenho uma posição inspirada na Dilma. Quando o senador Agripino insinuou que ela era mentirosa, ela fez uma fala que foi comovente para todos nós", afirmou. A senadora ainda citou como exemplos os colegas de partido Alfredo Sirkis e Fernando Gabeira, pré-candidato a governador do Rio de Janeiro. Os dois participaram da luta armada, foram presos e se exilaram no Exterior.
Marina Silva também ironizou Dilma ao comentar sua declaração de que nenhum pré-candidato ao Planalto teria carisma à altura do presidente Lula: "Ainda bem que o presidente Lula não é candidato. Aí dá uma chance para nós, os carrancudos".

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