quarta-feira, 7 de abril de 2010

Menor confirma em juízo em Estância Velha que dirigentes do PT contrataram pistoleiro para matar jornalista Martinelli

Nesta terça-feira, no Foro de Estância Velha (RS), desde às 14 horas, ocorreu mais uma audiência de instrução do processo contra os autores do atentado a tiros contra o jornalista Mauri Martinelli, ocorrido em agosto de 2006, nesta cidade da região metropolitana de Porto Alegre. Pistoleiro (Alecsandro Ribeiro) a mando de dirigentes do PT, que o contrataram, mantiveram e armaram, emboscaram e atiraram contra o jornalista. O atentado aconteceu à noite, em frente ao portão da casa de Mauri Martinelli. O pistoleiro esvaziou o pente de 15 balas. Mauri Martinelli foi atingido em seu corpo por sete balas, e só escapou por milagre desse atentado. O pistoleiro foi preso porque Martinellli e o então vereador João Valdir de Godoy, o único que fazia oposição na Câmara Municipal ao governo petista da cidade, receberam informações sobre ele, a casa onde morava, e que lá estaria guardada a arma que ele utilizou. De fato, a polícia foi até a casa e encontrou a arma. O pistoleiro foi preso. Caiu aí, então, a versão que o delegado de polícia local queria dar ao atentado, como sendo de motivação passional. Era evidente que o atentado tinha motivação polítiica. Mas, o delegado local na época, Luiz Fernando Nunes da Silva, não tinha interesse em investigar em profundidade o crime. Para começar, ele era "irmão" do prefeito petista Elivir Desiam (vulgo "Toco") na loja maçônica local, à qual também pertencia o então juiz local, Nilton Filomena. Foi preciso que as próprias vítimas do pistoleiro provassem que a casa onde ele morava tinha tido como fiador Jauri de Matos Fernandoes, "laranja" de Jaime Schneider na propriedade de jornal. Assim, Jaime Schneider poderia permanecer como secretário municipal de Planejamento, mandar amplamente no prefeito, e desviar recursos da prefeitura para seu jornal. Jauri e Jaime finalmente terminaram indiciados no processo como mandantes do assassinato, em denúncia assinada pelo promotor de Portão, Marcelo Tubino. Ele está atuando no processo porque o promotor de Estância Velha, Paulo Vieira, encontra-se impedido de atuar no mesmo, porque é "fraternal amigo" (como ele próprio declarou em processos judiciais) do chefe da quadrilha de mandantes. O outro mandante é o vereador petista Luis Carlos Soares, conhecida como "Viramato". Na época da contratação do pistoleiro para as execuções, "Viramato" era presidente do PT na cidade de Estância Velha. Então, esse é o verdadeiro caso da "Santo André do PT gaúcho". A última integrante da quadrilha de mandantes é a cafetina Claci Campos da Silva. A menor C.J.V.P, hoje com 15 anos (ela tinha 12 anos na época em que testemunhou a realização da reunião dos mandantes do crime com o pistoleiro, em sua casa), confirmou em juízo tudo o que já havia dito á policia, sobre a reunião que havia presenciado, onde foi combinado o assassinato do jornalista. O depoimento de C.J.V.P, durou mais de duas horas. A adolescente falou na presença da juiza Célia Cristina Veras Peroto e do promotor Marcelo Vieira Tubino. O processo está em fase de instrução, ao final da qual a juíza deverá determinar que os réus sejam enviados para julgamento pelo Tribunal do Juri.

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