quarta-feira, 14 de abril de 2010

Odebrecht aponta indefinições no projeto do trem-bala

O responsável pela gestão corporativa da Odebrecht Infraestrutura, Carlos Hermanny, disse nesta quarta-feira, no 1º Encontro Empresarial Bric-Ibas, no Rio de Janeiro, que ainda há muitas indefinições em torno do projeto do trem de alta velocidade que ligará as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. O projeto, que ainda não tem previsão de licitação, faz parte do PAC. "O maior pleito do ponto de vista dos investidores é que é preciso ter um pouco mais de segurança em alguns parâmetros. Qual vai ser o volume de passageiros do trem de alta velocidade? Não sei dizer. E qual é a tarifa ideal para nós trabalharmos? Também não sei", afirmou Carlos Hermanny, que apontou ainda o alto risco geológico e ambiental do trem-bala. Ele defendeu a proposta de que o governo assuma parte do risco envolvido no projeto. "Isso é absolutamente normal. Dentro de determinadas faixas de tráfego, o risco fica conosco. Se extrapolar, fica com o governo", disse à imprensa. Mais cedo, em palestra no evento, Hermanny tinha citado a modelagem das concessões como um dos obstáculos aos investimentos no Brasil. Para ele, é preciso dar mais garantias de receitas aos investidores. Ele criticou ainda a alta taxa de juros, a demora no licenciamento ambiental, a dificuldade de se apresentar garantias e a falta de regras claras para as parcerias público-privadas.

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