segunda-feira, 26 de abril de 2010

TCE gaúcho rejeita contas de 2008 do ex-prefeito de Nonoai

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul rejeitou nesta segunda-feira as contas do ano de 2008, do ex-prefeito de Nonoai, no norte do Estado, Ademar Dall'Asta. Ele foi condenado a devolver aos cofres do município mais de R$ 200 mil, além de pagar multa de R$ 1,5 mil. Entre os problemas encontrados, estão pagamentos irregulares de horas extras, de serviços não prestados e de contribuições previdenciárias. O ex-prefeito ainda pode recorrer da decisão. Este tribunal de contas gaúcho é uma gracinha, só serve para condenar prefeitinho de cidades minúsculas. Os grandes roubos ele deixa passar, e jamais rejeita contas de uma prefeitura das grandes. Por exemplo, deixou passar por uma década (de 1990 a 2001) as contas da dinastia petista que governou Porto Alegre por 16 anos. Nessa década, conforme auditoria realizada pelo jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, e pelo administrador de empresas Enio Noronha Raffin, consubstanciada em uma denúncia apresentada ao Ministério Pública Especial do Tribunal de Contas, foram desviados mais de 50 milhões de reais do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), que comanda a área do lixo da capital gaúcha. A quantia foi levantada até nos centavos, e exposta em planilhas Excel. O Ministério Público Especial apoiou o pedido de realização de uma auditoria extraordinária nas contas do DMLU, administrado pelo petista Darci Barnech Campani (ele foi o diretor em 13 dos 16 anos da gestão petista). Mas, os auditores externos do Tribunal de Contas insubordinaram-se e recusaram-se a realizar a auditoria extraordinária determinada pelo Pleno do Tribunal de Contas. O pedido tinha sido de uma auditoria extraordinárias nas contas de 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001. Os insubordinados auditores externos (estes que agora ganharam monumentais aumentos, e mantêm suas gratificações incorporadas de marajás) limitaram-se a examinar as contas de 2000 e 2001. Então, assim como havia apontado a denúncia apresentada pelo jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, encontraram desvios, pelos quais o petista Darci Barnech Campani foi condenado (a devolver 400 mil reais para a prefeitura de Porto Alegre). Os outros 50 milhões de reais foram pelo ralo porque os auditores não quiseram trabalhar, se insubordinaram, e ficou por isso mesmo. As administrações petistas roubaram muito mais do que um Detran na prefeitura de Porto Alegre. Nem assim o Pleno do Tribunal de Contas determinou a rejeição das contas da administração petista do peremptório Tarso Genro e seu vice, João Verle (um auditor de carreira do Tribunal de Contas, marajá dessa corte, o que talvez ajude a explicar porque seus colegas auditores externos do TCE se recusaram a auditar a década da administração petista no lixo).

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