quinta-feira, 6 de maio de 2010

Acusado de participar dos vôos da morte, ex-militar argentino é extraditado

Julio Alberto Poch, oficial da Marinha na reserva e piloto naval, um dos acusados de envolvimento nos vôos da morte da ditadura argentina (1976-1983), chegou na madrugada desta quinta-feira ao país. Nos vôos da morte, os presos políticos eram lançados no mar, vivos, a partir de aviões no ar. Alguns dos corpos, jogados no Rio da Prata, foram recuperados e identificados por antropólogos especializados. Processado por crimes de lesa-humanidade, Poch foi extraditado da Espanha a pedido da Justiça da Argentina. Entre os crimes pelos quais ele é investigado estão "detenções ilegítimas, torturas, lesões, desaparecimentos e mortes", todas as ações cometidas na Escola de Mecânica da Marinha (Esma), um dos principais centros de detenção clandestinos mantidos pelo regime militar. Poch, de 57 anos, foi preso em 22 de setembro de 2009, em Valência. Ele trabalhava na companhia aérea holandesa Transvia e foi detido no aeroporto de Manises enquanto comandava um avião que iria para Amsterdã. Nesta sexta-feira, Poch será ouvido pelo juiz federal Sergio Torres.

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