domingo, 23 de maio de 2010

Em Nova York, Dilma se irrita e "demite" tradutora

Problemas com uma tradutora na coletiva de imprensa irritaram na sexta-feira a pré-candidata petista em Nova York. Dilma Rousseff chegou a chamar a tradutora de "minha santa". Quando ela chama alguém de "santa", é para sair da frente, porque está em ponto de bala. Dilma, que preferiu falar em português, chegou a elogiar o primeiro tradutor. A partir da metade da entrevista, a tradução ficou por conta da angolana Marísia Lauré. Perguntada sobre o delicado tema da autonomia do Banco Central, Dilma falou da "autonomia operacional" do órgão. Lauré esqueceu uma das palavras e Dilma completou, em inglês: "operational autonomy". Em seguida, repreendeu a tradutora. "Eu peço para você traduzir literalmente, porque é complicado o tema". Dilma passou a falar sobre privatizações e as empresas que acredita que deviam permanecer públicas, como Petrobras, Eletrobras, as do setor elétrico e bancos públicos. A tradutora esperou que a convidada concluísse a frase para traduzir. Ao final, Dilma conferiu com a platéia: "Não faltou o trecho da Petrobrás?". Na frase seguinte, Dilma ouviu o início da tradução e, achando que havia mais um erro, interrompeu Lauré. "No, no,no. Yes, yes, yes", emendou, ao se dar conta de que a frase traduzida estava correta e arrancando risos da platéia. "Eu prefiro que você copie e faça a tradução depois porque se não eu vou quebrar meu raciocínio todo, tá bom?", pediu Dilma à tradutora. Na pergunta seguinte, Lauré trocou "redução da dívida" por "redução de impostos". Dilma a interrompeu novamente: "Copia, minha santa, eu vou falar". Nesse momento, a organização trouxe de volta o tradutor anterior.

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