terça-feira, 18 de maio de 2010

Irã - Potências evidenciam pantomima do governo Lula

Do site do jornalista Reinaldo Azevedo - A pantomima do governo brasileiro no suposto acordo nuclear com o Irã não durou 24 horas. Não sou exatamente um entusiasta de Barack Obama, mas dou a mão à palmatória nesse caso: não caiu no truque encenado por Mahmoud Ahmadinejad e por Luiz Inácio Lula da Silva. Hillary Clinton, a secretária de Estado dos EUA, anunciou que as cinco potências com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha chegaram a um acordo para um esboço “strong” — uma boa tradução seria “peremptório”, “sem ambigüidades” — de sanções, que vai ser discutido pelo Conselho. O consenso anunciado por Hillary acontece 24 horas depois do grande “acordo”!!! É a mais formidável derrota da destrambelhada política externa brasileira até agora. A todos ficou claro o óbvio: no que diz respeito à questão nuclear propriamente, o suposto acordo só interessa ao Irã por causa da protelação das sanções. No que diz respeito à questão política, a mentira só serve para inflar a biografia de Lula dentro e fora do Brasil, além, obviamente, de alimentar a fantasia de que está em formação um novo eixo de poder na “nova ordem mundial”. Vocês sabem que o nosso Dom Giovanni tem o seu pressuroso Leporello, não? É Marco Aurélio Garcia — convenham: é uma metáfora mais docinha, embora mais servil, do que o Cérbero. E o que quer, agora, o assessor especial? Que o grupo “Cinco mais Um” (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) se transforme em “Cinco mais Dois”, com a entrada do Brasil. Por quê? Ora, porque o governo Lula acha que tem esse “direito”… Qual o objetivo? Lula quer mais um fórum para poder defender o Irã!

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